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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

a solidão pode causar ao adolescente o mesmo que pode causar em qualquer pessoa. Sofrimento, infelicidade, queda na auto-estima, desinteresse pela vida, etc. A boa notícia é que solidão tem cura e não depende de ninguém além da própria pessoa. Muitas vezes estamos cercados de pessoas e nos sentimos sozinhos. O segredo é gostarmos de nós mesmos, conversar conosco mesmo, apreciar nossa companhia. Quem consegue isso não sente solidão nunca, pois está sempre acompanhado de si próprio. É importante não priorizar a aceitação pelo grupo. Você tem que se colocar em primeiro lugar, então é você que tem que escolher entre aceitar ou não as pessoas e/ou o grupo e não eles a você. E principalmente procure uma atividade que preencha o seu tempo e lhe dê satisfação

SOLIDÃO

O Jovem Adolescente e a solidão
By Jaime Kemp
Dec 28, 2005, 08:30

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Em um mundo tão povoado, onde em muitas cidades as pessoas vivem quase amontoadas, há milhares de seres humanos em completa solidão. Cristiane é uma garota assim. Ela nasceu em uma cidade do interior de Minas Gerais e desde muito pequena vivenciou os problemas conjugais de seus pais. O pai, um homem ausente e desinteressado pelo lar e pela própria filha, praticamente nunca assumiu o fato de ser casado.
Quando Cristiane completou quinze anos enfrentou a dor do penoso e inevitável processo de divórcio dos pais. Logo em seguida, mudou-se com sua mãe para outra cidade, mas levou com ela muitos sentimentos de tristeza, desesperança e solidão. Sua mãe logo conseguiu um ótimo emprego, o que foi muito bom; mas ao chegar do colégio, Cristiane passava longas horas inteiramente só.
Todas essas circunstâncias transformaram a jovem em uma pessoa fechada, retraída, até o dia em que conheceu Francisco, um rapaz mais velho e experiente. Ambos começaram a namorar e Cristiane passou novamente a sentir-se feliz, o que não acontecia há muito tempo. Entretanto, depois que o namoro já estava firme, Francisco começou, incessantemente, a pedir uma prova mais real do amor da namorada. Segundo ele, ela só demonstraria o quanto o amava se concordasse em ter relações sexuais. E foi assim que ela cedeu aos reclamos de Francisco, apesar de saber que estava fazendo algo errado. Para acalmar sua culpa, pensou nas amigas, para as quais era muito comum esse tipo de relacionamento.
Bem, Francisco obteve sua "prova de amor", o que não impediu de relacionar-se de forma semelhante com outras garotas, mesmo sabendo que magoaria profundamente Cristiane. Hoje ela continua só. Francisco ainda é seu namorado, mas ela não o tem verdadeiramente para si ou perto de si. A solidão, portanto, não a abandonou.
Solidão é o reconhecimento doloroso que inunda a vida de milhões de adolescentes e jovens, que não possuem um relacionamento significativo com outros. De tempos em tempos, a solidão bate à porta de todos nós, mas jovens e adolescentes são um alvo fácil e frágil desse sentimento. Para eles, ela é devastadora, uma onda cósmica que consome seus pensamentos, suas energias.
Na adolescência, a necessidade de aceitação social da turma, está no auge. Eles não se consideram mais crianças e esforçam-se para ser independente dos pais, das famílias. A ligação com aqueles que são de seu grupo é importantíssima e as pressões resultantes da luta por seu próprio espaço são muito fortes.
Tenho observado jovens que vivem em uma atmosfera familiar razoavelmente tranqüila, onde têm uma boa comunicação com seus pais, que são pessoas equilibradas, interessadas e ajustadas, mas mesmo assim sofrem de solidão porque não se relacionam com a turma.
No alvorecer da história humana, quando Deus avaliou tudo que criara, Ele declarou em Gênesis 2.18: "Não é bom que o homem esteja só...". O Senhor sempre soube que o ser que criara seria como Ele, desejoso de relacionamentos, de companheirismo e comunhão. Um dos propósitos da criação do homem foi justamente esse: a comunhão com o Criador.
O pecado golpeia, abala e separa o relacionamento entre o Senhor e a pessoa, como fez com Adão e Eva. O maravilhoso e definitivo plano da redenção nada mais é do que Deus buscando resolver o impasse da separação entre Ele e sua criatura, exatamente a problemática da solidão que foi imposta ao homem por ele mesmo, como decorrência de seu próprio pecado.
Grandes homens de Deus experimentaram solidão, conforme nos é desvendado na Palavra: Jacó, Moisés, Jó, Davi, Neemias, Elias, Jeremias. São de Davi as seguintes palavras do Salmos 25.16: "Volta-te para mim e tem compaixão, porque eu estou sozinho e aflito." Eles correram para Deus, expuseram, verbalizaram seu problema e foram confortados, fortalecidos. Nele, encontramos suprimento, companhia e forças.
Há ocasiões em que precisamos ficar sozinhos, mas essa não deveria ser a condição permanente das pessoas. Sejam quais forem as causas e as conseqüências da solidão, mesmo que seja difícil ir até os outros e apesar das inevitáveis decepções, vale a pena ter amigos, a começar de Jesus.

Fonte: Lar Cristão

FAMILIA

De vez em quando, a alteração da situação familiar de nossos dias faz com que não seja fácil o entendimento mútuo, chegando a produzir, inclusive, a incompreensão, verificando-se aquilo que se tem chamado conflito de gerações. Como se pode superar isto?
O problema é antigo, ainda que talvez agora se apresente com mais freqüência ou de forma mais aguda, por causa da rápida evolução que caracteriza a sociedade atual. É perfeitamente compreensível e natural que os jovens e os adultos vejam as coisas de modo diferente. Sempre assim foi. O mais surpreendente seria que um adolescente pensasse da mesma maneira que uma pessoa madura. Todos sentimos impulsos de rebeldia para com os mais velhos quando começamos a formar nosso critério com autonomia; e todos também, com o passar dos anos, compreendemos que nossos pais tinham razão em muitas coisas., que eram fruto de sua experiência e de seu amor por nós. Por isso, compete em primeiro lugar aos pais - que já passaram por esse transe - facilitar o entendimento: com flexibilidade, com espírito jovial, evitando esses possíveis conflitos com amor inteligente.
Sempre aconselho aos pais que procurem tornar-se amigos dos filhos. Pode-se harmonizar perfeitamente a autoridade paterna, requerida pela própria educação, com um sentimento de amizade, que exige colocar-se de alguma maneira no mesmo nível dos filhos. Os moços - mesmo os que parecem mais rebeldes e desabridos - desejam sempre essa aproximação, essa fraternidade com os pais. O segredo costuma estar na confiança: saibam os pais educar num clima de familiaridade; não dêem nunca a impressão de que desconfiam; dêem liberdade e ensinem a administrá-la com responsabilidade pessoal. É preferível que se deixem enganar uma vez ou outra: a confiança que se deposita nos filhos faz com que estes se envergonhem de haver abusado e se corrijam; em contrapartida, se não têm liberdade, se vêem que não confiam neles, sentir-se-ão com vontade de enganar sempre.
Essa amizade de que estou falando, esse saber colocar-se no nível dos filhos, facilitando-lhes que falem confiadamente de seus pequenos problemas, torna possível algo que me parece de grande importância: que sejam os pais quem dê a conhecer aos filhos a origem da vida: de um modo gradual, amoldando-se à sua mentalidade e à sua capacidade de compreender, antecipando-se um pouco à sua natural curiosidade. É necessário evitar que os filhos rodeiem de malícia esta matéria, que aprendam uma coisa que em si é nobre e santa através de uma má confidência de um amigo ou de uma amiga. Aliás, isto costuma ser um passo importante para firmar a amizade entre pais e filho, impedindo uma separação exatamente no despertar da vida moral.
Por outro lado, os pais têm também que procurar manter o coração jovem, para lhes ser mais fácil acolher com simpatia as aspirações nobres e inclusive as extravagâncias dos filhos. A vida muda e há muitas coisas novas que talvez não nos agradem - é mesmo possível que não sejam objetivamente melhores que outras de antes -, mas que não são ruins: são simplesmente outros modos de viver, sem maior transcendência. Em não poucas ocasiões, os conflitos aparecem porque se dá importância a ninharias que se superam com um pouco de perspectiva e senso do humor.
Mas nem tudo depende dos pais. Os filhos também têm que fazer alguma coisa de sua parte. A juventude sempre teve uma grande capacidade de entusiasmo por todas as coisas grandes, pelos ideais elevados, por tudo o que é autêntico. Convém ajudá-los a compreender a beleza despretensiosa - por vezes calada e sempre revestida de naturalidade - que há na vida de seus pais. Que reparem, sem isso lhes causar tristeza, no sacrifício que fizeram por eles, na sua abnegação - muitas vezes heróica - para manterem a família. Aprendam também os filhos a não dramatizar, a não representar o papel de incompreendidos. Não esqueçam que estarão sempre em dívida com os pais e que o modo de corresponderem - já que não podem pagar o que devem - deve ser feito de veneração, de carinho grato, filial.
Sejamos sinceros: a família unida é o normal. Há atritos, diferenças... Mas isto são coisas banais que, até certo ponto, contribuem inclusive para dar sabor aos nossos dias. São insignificâncias que o tempo supera sempre. Depois, só fica o estável, que é o amor, um amor verdadeiro - feito de sacrifício - e nunca fingido, que os leva a se preocuparem uns com os outros, a adivinhar um pequeno problema e a sua solução mais delicada. E, porque tudo isto é normal, a maior parte das pessoas me entendeu muito bem quando me ouviu chamar dulcíssimo preceito - já o venho repetindo desde a década de 20 - ao quarto mandamento do Decálogo.



Retirado do livro "Questões atuais do Cristianismo", 2a. Edição, Editora
Hoje acordei no meio de um sonho estranho: esses sonhos que servem pra gente pensar o porquê de certas coisas. E como não tinha mais jeito de retornar ao sono resolvi tomar café e vir pra telinha às 6hs da matina. Coloquei os ‘Nocturnos’, de Chopin; são os clássicos que embalam minhas emoções quando preciso trazer algo à tona; quando quero falar mais com o coração.

Este sonho trouxe-me recordações esquecidas ou, talvez, escondidas pelas manobras do inconsciente. E pensei: por que não escrever algo sobre, já que os sonhos não são nada mais do que nossas inquietações, nossas dúvidas, nossos desejos ou nossos conflitos? Nossas vidas são histórias repetidas; mais dia, menos dia o mesmo se dará com outros; os sonhos só trocam de endereço; o ser humano não se difere muito na sua essência.

Quando aportamos neste mundo somos recebidos com muita alegria, mas presenteados com um fardo pesado e uma dívida interminável por pagar: pagar a quem nos deu a vida. Dívida de filho é dívida pra sempre. Tanto faz sermos rebeldes ou gente da paz: mãe e pai cobram sempre: ‘te criei, me sacrifiquei, quase morri...’ E, por outro lado os filhos, muitas vezes, são ingratos e rebeldes. E taí o impasse.



Os filhos crescem e ainda jovens desafiam a tudo e a todos: querem a liberdade e o respeito; querem o leme de suas vidas, governá-las, serem donos de seu espaço, mas vivendo e sendo sustentados pelos pais. E dá-se o conflito: entra a violência das acusações, das dissimulações, das mentiras, do rancor e de todas as transgressões. Muitas vezes - não sempre -, pais e filhos viram rivais, lutam em campos opostos e não se dão conta. É uma miscelânea de sentimentos de difícil compreensão entre as duas partes. Mas o amor persiste: mesmo camuflado e acobertado por chantagens, é o mais forte dos amores: é sanguíneo.

Pois bem, temos mãe e pai. E são eles que poderão vir a nos incomodar quando falecerem: ficarão nas lembranças vividas, em porta-retratos, em livros, nos bens deixados... Nosso inconsciente 'agradecerá'. Tudo continuará dívida de gratidão. E o que fizemos ou deixamos de fazer virará culpa - pelo menos por um certo tempo. Depois as coisas se arrumam.

Entre pais e filhos há laços sanguíneos, afetos profundos, obrigações e poucos direitos: nenhum aceita conselho do outro; há uma certa ‘disputa de forças’, coisa meio velada.
Pais são pais; filhos são filhos. Existe uma hierarquia imposta, mesmo quando os filhos já são adultos. E os filhos crescem devendo, obedecendo, agradecendo... Isto é péssimo, estraga qualquer relacionamento.

Pais são pais: não são anjinhos. Eu sou filha e sou mãe. Mas sei que quando nossos pais se vão, fazem muito estrago: deixam uma bomba relógio que só com o tempo e paciência conseguiremos desativá-la no nosso inconsciente. Por isso acho que os mortos, sendo nossos pais, incomodam. Deixam-nos em conflito.

Estou ouvindo os Nocturnos e pensando... Acho que no meu sonho soltei minhas amarras: penso que não tenho mais dívidas a pagar, soterrei alguma culpa que ainda poderia estar submersa. Nada quero a não ser uma doce lembrança.

E o mais significativo é que dei asas aos meus filhos: que voem! Nada me devem. Nem a vida, pois nunca a pediram. Só quero que sejam felizes: cada um a seu modo.
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BOA TARDE!!

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.