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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Pr. Márcio Valadão

Deus nos escolheu a despeito de todas as nossas mazelas, de todos os nossos defeitos, de todas as nossas monstruosidades. Ele simplesmente nos escolheu.

Às vezes vou ao supermercado para comprar tomates, e como quase todas as pessoas, escolho um por um, sempre os mais bonitos segundo a minha avaliação, mas observei que de vez em quando um funcionário do supermercado escolhia os tomates podres e os jogavam no lixo. Ele escolheu os tomates que estavam podres, feios e amassados e os jogou no cesto de lixo. A atitude dessa pessoa como a minha foram tão distantes das do nosso Deus. Ele não faz assim, Deus não faz discriminação, porque se Ele fizesse, eu não estaria nesta terra, e creio que ninguém estaria. Ele não escolhe os mais bonitos ou os mais feios. Deus não faz acepção de pessoas.

Como está escrito: “Deus nos escolheu nele antes da fundação do mundo”. Antes que Ele dissesse: “Haja luz”. No plano eterno dele nós já tínhamos sido escolhidos, a ponto de Jesus falar: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (MT 9.12). Ele não veio chamar os santos, mas chamar os perdidos, aqueles que não são, veio chamar aqueles que reconhecem realmente que são maus.

É ilusão alguém achar que é bom para ele mesmo, que é autossuficiente. Ninguém consegue se purificar a si mesmo, salvar a si mesmo. Necessitamos do Salvador, foi por isso que Jesus Cristo veio ao mundo.

Deus nos escolheu com um propósito: “Para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”. Em Roma, recentemente, canonizaram dois papas, mas é tão interessante que na Igreja Batista da Lagoinha todos os dias estamos canonizando o pecador mais miserável, ele recebe a Jesus, e nessa hora se torna santo. E a festa não acontece nessa terra, mas no céu.

Há pessoas que dizem que na Igreja da Lagoinha não há santos, mas temos quase sessenta mil santos e estamos buscando dez por cento de Belo Horizonte para serem santos até 2020. Não é um decreto que nos faz santos, mas o sangue de Jesus que nos santifica.

Temos dois pais: o que nos gerou e o que nos adotou; e este é maravilhoso, poderoso e não envelhece, nos ama a despeito de tudo. Deus é o nosso Pai. Por isso, Jesus nos ensinou a orar chamando Deus de Pai, Pai nosso. É a nossa comunhão, é o nosso relacionamento íntimo com Deus, como Pai.

Eu tinha 15 anos quando meu pai faleceu e me recordo das vezes que ele me tomou no colo. Muitas vezes em casa, Ana Paula chega e senta em meu colo, abraça e me beija. O André também assim o faz. Outras vezes é a Mariana. Meus filhos gostam do colo do pai, como eu gostava do colo do meu pai. Mas talvez você não tenha o colo de seu pai para se sentar por muitos motivos, porém, saiba que incomparavelmente melhor é o colo do nosso Deus. Por causa de algumas frustrações que pode ter tido na vida, você O vê tão distante, e é tão difícil guardar essa verdade, de que Deus é Pai, e o fato de sermos adotados. Mas há um DNA espiritual em nós, pois a Palavra diz que: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. O que testifica não é o DNA natural, mas o espiritual. Somos filhos de Deus.

Muitas vezes você pode ficar pelos cantos achando que ninguém o ama e não o quer, achando que ninguém se importa com você. Querido, o Senhor o ama da mesma maneira que ama a Jesus, Seu Filho. Você é amado demais, e isso não sou eu que digo, está registrado na Palavra o quanto Deus lhe ama. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Fotos: Jean Assis