UM PASSEIO CERTO DIA,NO COMEÇO , DE VERÃO, EU IA PASSANO POR UMA LINDA CAMPINA. A RELVA AVELUDADA PARECIA UM IMENSO TAPETE ORIENTAL, EM UM CANTO, ERGUIA-SE UMA BELA ÁRVORE, JÁ VELHA,UM ABRIGO DE INÚMEROS PÁSSAROS QUE ENCHIAM DE GORGEIOS O AR  LEVE E REVIGORANTE. A SOMBRA DA RAMAGEM, DUAS VACAS REPOUSAVAM  ,IMAGENS DE SOSSEGO E CONTENTAMENTO. AO LONGE DA ESTRADA MISTURAVAM-SE O ROXO E O DOURADO DAS VIOLETAS SIVESTRES E OS DENTES DE LEÃO. PAREI AO LONGO DOS MEUS PENSAMENTOS E DO TEMPO ENCOSTADA NA CERCA, DEIXANDO QUE MEUS OLHOS FAMINTOS SE BANQUETEASSEM.PENSEI COMIGO QUE DEUS JAMAIS HAVIA FEITO LUGAR MAIS APRAZÍVEL. NO DIA SEGUINTE PASSEI POR LÁ OUTRA VEZ,ALI A MÃO DEMOLIDORA DO HOMEM, JÁ HAVIA ESTADO ALI. LÁ ESTAVA UM ARADO, CRAVADO  AINDA NO SULCO, EM UM DIA UM HOMEM FIZERA NO LOCAL, UMA TERRÍVEL DEVASTAÇÃO. EM VEZ DE RELVA VERDE ESTAVA A MOSTRA A TERRA ESCURA , FEIA NUA,EM VEZ DE PÁSSAROS CANTANDO, ALGUMAS GALINHAS CISCAVAM.  E NEM VIOLETAS, NEM DENTES DE LEÃO, VOLTEI AREMEMORAR O LOCAL E COM PESAR PENSEI: COMO PODERIA ESTRAGAR UMA COISA TÃO LINDA? ENTÃO MEUS OLHOS FORAM ABERTOS COMO POR MÃOS INVISÍVEIS E TIVE UMA VISÃO: VI UM MILHARAL COM AS ESPIGAS MADURAS PRONTAS. PARA A COLHEITA. VIA LONGOS PÉS DE MILHO, TODOS CARREGADOS ,ILUMINADOS PELO SOL DO OUTON0 QUASE ME PARECIA OUVIR A MÚSICA DO VENTO AO PASSAR AGITANDO OS CABELOS DAS ESPIGAS.  E DE REPENTE NO DIA SEGUINTE, A TERRA ESCURA REVESTIU-SE PARA MIM DE UM EXPLENDOR QUE NÃO EXISTIA NA VÉSPERA. POSSAMOS NÓSSEMPRE TER A VISÃO DA ABUNDANTE COLEITA QUE SE SEGUE QUANDO O GRANDE AGRICULTOR VEM COMO TANTAS VÊZES E SULCA AS NOSSAS ALMAS DEIXANDO DIANTE DE NOSSO OLHAR TORTURADO SÓ O VAZIO SEM BELEZA...!PORQUE RETRAIR-ME ANTE O ARADO DO SENHOR QUE FEZ SULCOS PROFUNDOS EM MINH’ALMA? EU  SEI QUE ELE NÃO É UM AGRICULTOR INCONSEQUENTE. ELE TEM EM VISTA UMA BOA COLHEITA.    OBS: PAREI DE ESCREVER NO JORNAL  POR FALTA DE RECONHECIMENTO AO TRABALHO,POR PARTE DA DIREÇÃO DO JORNAL E ERROS  DE IMPRESSÃO EM MEUS ARTIGOS. UM DIA QUEM SABE ESCREVO NO JORNAL DA CIDADE DE NOVO!!!   TERESÓPOLIS FEVEREIRO 1978 MAURILIA VERISSIMO